No final de semana passada, estava na casa da minha namorada, e
após comermos um belo almoço feito pela sogra, fomos dar aquela famosa
descansada pós-rango, e enquanto a pessoa do meu lado dormia, aproveitei para
assistir a algum documentário no Netflix. Resolvi por assistir ao Minimalism: A
Documentary About the Important Things. Ainda não tinha ouvido falar muito
sobre minimalismo, e fui assistir sem conhecer muito sobre o tema.
O
documentário acompanha dois caras que estão divulgando um livro que eles escreveram
sobre o minimalismo, indo de cidade em cidade, em programas de rádios, de TVs,
etc. Joshua
e Ryan, os dois caras do documentário, tinham uma vida boa, eram bem sucedidos
no que faziam, e possuíam vários bens de consumo, porém, no fundo não eram felizes. Depois
que Joshua perdeu a sua mãe e seu casamento veio a terminar num curto período
de tempo, ele resolveu se desfazer das coisas que não agregavam valor a sua
vida, que o fazia perder tempo. Então se desfez de boa parte das suas coisas,
para enfim poder se concentrar no que realmente importava. O
seu amigo Ryan, percebeu que seu amigo estava diferente, parecia estar feliz,
mais tranquilo, e após saber o motivo, também decidiu se livrar das coisas que
eram desnecessárias.
Não achei o trailer legendado, mas no Netflix tem as opções dublado e legendado.
Não vou ficar aqui falando sobre o documentário, quem quiser é só
ir lá ver, mas gostei muito da ideia que eles procuram passar. Podemos ver
muitas pessoas a nossa volta que trabalham e gastam o seu suado dinheiro apenas
para comprar coisas, só se preocupam em adquirir as últimas coisas da moda, a
ultima atualização. Vivem entulhadas de bens que geram despesas ou que no fundo
nada agregam, comprometendo seus orçamentos por longos meses ou anos, só para
bancar uma imagem para outras pessoas. E será que ficar nessa corrida vale a
pena?
Todos nós temos que consumir coisas para viver, isso é
obvio, e não estou querendo disser que temos que vender tudo e ficar só com
duas mudas de roupa e um tênis. Mas no fundo, precisamos de bem menos para
viver do que pensamos, ou que somos levados a acreditar.
Depois de assistir a esse documentário, me lembrei de
um artigo que li no blog Valores Reais, intitulado Não
faça gasto com coisas: faça as coisas gastarem. Pra mim, o artigo
complementa a ideia do documentário, ou vice versa. Ou seja, podemos nos livrar
das coisas que temos de modo desnecessário e usar, realmente gastar o que já
temos. Pra que trocar o celular de ano em ano se ele ainda está em ótimas
condições de uso? Só por que foi lançado um modelo mais novo?
Pra que trocar de carro se o seu ainda está rodando
bem? Só por que é um modelo ultrapassado perto dos seus amigos de trabalho?
Já procurava fazer isso de modo inconsciente, pois
sempre usava as minhas coisas até não estarem mais em condições de uso, pois
para mim isso é meio lógico. Por que razão vou comprar um novo objeto A, se o
meu objeto B ainda dá conta do recado? Mas sabemos que a maioria das pessoas
não pensa assim, são bombardeadas todos os dias com propagandas, ou com
"conselhos" dos amigos para comprar, e no final das contas acabam
cedendo.
Acho esse assunto interessante para todo mundo,
especialmente para quem está buscando a independência financeira, pois vai ao
encontro daquilo que sempre é dito quando o assunto é finanças (frugalidade,
poupança, liberdade...).
Acho que tudo em excesso faz mal, e nesse caso também.
Gastar demais vai acabar te deixando endividado, comprometendo o seu futuro, e
poupar em demasia, pode fazer com que não aproveite a sua vida como deveria
vindo a se arrepender depois. Na minha opinião, devemos buscar sempre o
equilíbrio.
Podemos olhar para as nossas coisas e perguntar o que
realmente é importante e o que me faz perder tempo. Será que estou gastando as
minhas coisas, ou acabo comprando por impulso? Será que realmente preciso de
tal coisa? Eu consumo as minhas coisas, ou as minhas coisas me consomem?
Esse é um tema que dá muito pano pra manga, mas que
vale a pena fazer uma reflexão e posteriormente, um esforço para aplicar em
nossas vidas. Gostaria de finalizar esse post com a frase dita pelo Joshua
que encerra o documentário: "Ame as pessoas e use as coisas, porque o
oposto nunca dá certo”.
E também gostaria de deixar o link de outro vídeo
que eu assisti já vai fazer alguns anos, mas que ainda se mostra muito atual, e
tem a ver sobre o que foi falado aqui. Quem já viu vai poder relembrar, e quem
ainda não assistiu terá a oportunidade de conhecer. O vídeo só tem 21 minutos,
então não tem desculpa.
Até a próxima.
Olá, Em Busca da IF,
ResponderExcluirParabéns pelo blog, acabei de descobrí-lo.
É interessante mesmo ver como o minimalismo se alinha com o movimento FIRE; parece que um alimenta o outro.
Vi este documentário já faz um tempo, e estes dois caras (The Minimalists) realmente são o bicho. Nunca havia nem lido o site deles antes, mas depois de assistir, acabei lendo o livro deles, "All that remains" que Josh lê um trecho no filme, e depois o guia prático "Minimalism: live a meaningful life."
Embora eu não pratique completamente o minimalismo (sou frugal, mas não completamente minimalista), vejo que isso têm influenciado ainda bastante o jeito que eu venho fazendo escolhas nos gastos: o que traz valor pra mim? O que é só uma impulsão?
E realmente a frase mais poderosa está no fim do filme: "Love people and use things, because the opposite just doesn't work."
Abraços e seguimos em frente!
Pinguim Investidor
https://pinguiminvestidor.home.blog